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O que acontece com as ”patricinhas” de hoje?

Publicado em 11/08/2015

“Patricinhas” são adolescentes que se comportam com posturas de arrogância, onde os valores da vida se concentram no ter. Disputam poder no meio em que vivem através das marcas de roupas que vestem, do número de garotos que conseguem fazer rastejar aos seus pés. Tratam seus pais com desdenho e controlam as mães como se elas fossem suas escravas. Terminam o domingo já imaginando com que roupa e tipo de cabelo vão sair no próximo sábado.   Vivem em grupo de semelhantes, e adoram “fazer banca” diante de outros grupos que consideram inferior a elas, principalmente em questões econômicas. Farejam paqueras pelo carro do garoto, porém só procuram garotos bem acima da idade delas, desfazendo dos meninos da mesma idade. Na sala de aula, dificilmente aceitam que os professores exijam delas. Sonham eternamente com um príncipe encantado, etc, etc.

Para uma menina chegar a este ponto de comportamento, é necessário ter passado por um processo educacional carregado de algumas características, como: 

1. Desde bebês, receberam muito dengo com intenso processo de elogios pela beleza. 
2. A super proteção dos pais com receio de correr risco físico ou se sujarem. 
3. Geralmente suas mães são extremamente funcionais e assim faltou o afeto espontâneo no vínculo com a filha. 
4. O pai com tempo corrido e total dedicação ao trabalho, gerando buraco afetivo com a filha e ausência masculina. 
5. Outra característica é a projeção de um bom casamento para as filhas, sendo referência o valor econômico e que o candidato venha de famílias nobres.
6. Normalmente essas meninas crescem sem nunca precisaram ajudar em nada, não conhecendo o custo real da vida;  etc.

O que viram as “patricinhas” de hoje?

Mas diante dos sintomas comportamentais e do estilo de educação proveniente das “patricinhas”, resta-nos pensar quais os resultados para a vida adulta de uma pessoa com tal processo educativo. O que viram as “patricinhas” de hoje? Viram quase nada.  Mesmo estudando nas melhores escolas, com um diploma nas mãos, ficam a espera do príncipe encantado que possa supri-las para que continuem recebendo as mordomias da família de origem. Tornam-se mulheres extremamente dependentes dos maridos e eternamente reclamando da vida por estarem sobre o controle deles. Preferem reclamar da vida do que construírem um projeto pessoal de vida. Nos filhos, transferem todas as frustrações pessoais com reclamações. Dificilmente dão conta dos afazeres domésticos, nomeando uma empregada como escrava. Mas não deixam de perder a pompa de “patricinhas”, escondem em vaidades e superficialidades, tornam-se madames de salão de beleza, e gastam fábulas com intervenções corporais de estética.

É sempre bom lembrar, que as “patricinhas”, nascem da escolha dos pais, através do modelo educacional traçado para as filhas. Aquilo que na infância é um objeto de enfeite para os pais, na adolescência passa a ser uma caixa de arrogâncias, e na vida adulta mulheres sem identidade, vivendo à sombra dos maridos ou dos próprios pais.

É possível alguém com este perfil mudar de estilo e ter uma identidade de independência? Sim, para isso é necessário o reconhecimento deste histórico pessoal e se propor a um processo de mudança, que uma boa psicoterapia pode colaborar.


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