Família e Universidade PúblicaPublicado em 24/11/2015 A conquista dos novos cursos superiores que o Governo Federal distribuiu por várias regiões do Brasil desde o segundo mandato do governo Lula, incluindo as Universidades Federais e o IFES, reascende nas famílias a expectativa sobre o futuro educacional de seus filhos, mesmo que ainda muitas famílias não perceberam o grau de importância desta conquista, pois não possuem estrutura econômica para direcionarem a educação dos filhos à galgar a Universidade Pública. Com o tempo a “ficha” vai cair, pois neste campo o Governo Federal têm demonstrado esforços reais na ampliação dos cursos e campus universitários pelo Brasil. Também tem pautado na definição da política educacional das quotas tanto para favorecer alunos da rede educacional pública, provenientes de histórico escolar de 100% de escola pública desde o ensino fundamental; como também pela quota dos negros e índios, e as quotas sociais. Com o mecanismo de quotas, as famílias empobrecidas começarão ver emergir novos universitários que jamais teriam a oportunidade de estar na universidade pública, que até hoje ainda é privilégio da classe média/alta e por isto uma demanda das famílias mais abastadas. Alguns especialistas na universidade vão dizer que as quotas para os negros é uma forma de racismo, e que melhor seria fortalecer o ensino público fundamental. Provavelmente, estes que defendem esta postura são de raça branca, ou nunca foram vítimas do racismo. Ainda bem que a quota para os negros está sendo definida pela comprovação familiar da descendência afro descendente e se exige muitos documentos para tal, e não apenas pelo fenótipo, que poderia causar um mal estar para aqueles que se candidatam a este tipo de quota. Sabemos que este é um caminho que veremos muitas dificuldades e tentativas de manobras para quem deseja o benefício fácil, como já aconteceu de alunos entrarem na Universidade pelo critério da quota racial e depois não conseguir provar por documentos conforme é exigido pelo MEC. Outros especialistas vão indicar que a quota para alunos da rede fundamental do ensino público vai abaixar o nível da qualidade acadêmica dos que ingressarem na universidade. Porém esta tese, só pode ser sustentada por especialistas que nunca fizeram parte da classe pobre. Parece que estes preconceituosos especialistas imaginam que pobre não tem orgulho, ética ou moral. Mas os pobres que galgaram a universidade pública, pelas poucas quotas que o sistema atual reserva, ou que tiveram sorte de entrar pelo vestibular, estão demonstrando que possuem médias superiores na universidade aos alunos que vieram de escolas particulares e entraram pela seleção de vestibular, sem benefícios de quotas. Parece que esta constatação ajudá-nos a entender que quando uma pessoa possui um limite, ela se esforça além do que se esperam dela para provocar a superação.
Eu estou vibrando com a possibilidade de cidades pequenas conquistarem a Universidade Federal. Porém esta conquista pode ficar frágil com o tempo, pois estes centros precisam se tornar autônomos, tendo em vista que a maioria ainda são extensões de Universidades situadas em cidades com maior desenvolvimento urbano e econômico e assim não possuem autonomia. Precisam virar Universidade Federal com dotação orçamentária própria. Outra ameaça é a crise política do Governo Federal associada com a crise econômica que ameaça cortes no orçamento da União. Já vemos universidades fortes pedindo dinheiro federal para despesas correntes que não estão conseguindo quitar.
Estou otimista também com os Cursos Técnicos do IFES, e já comecei a projetar expectativas no meu filho Helder de 13 anos para que ao final de 2020 conquiste uma vaga na Escola de 2º Grau que é indiscutivelmente um dos maiores sucessos educacionais do Brasil. Já pensou, um pai e uma mãe poder ter o filho estudando em uma Escola de 2º Grau Pública que é melhor do que as melhores escola particulares, e bem perto de casa? ... É tudo de bom.
A Universidade nas cidades do interior do Brasil é sem dúvida alguma o maior presente que as famílias destas regiões conquistaram, pois ela emergirá para todos uma nova visão de futuro, mesmo para quem não for estudar nela, pois a cidade ganhará em qualidade de vida, em cultura e repensará a antiga idéia de quem é de fora é “forasteiro”, pois a magia da Universidade Pública é a de fazer com que a sociedade entenda que o limite geográfico e territorial do ser humano não está inscrito apenas na sua municipalidade, mas na universidade planetária. Dentro dos próximos 30 anos, as famílias verão uma estas cidades mais desenvolvidas, fortes e soberanas , como aconteceu co a cidade de Campinas-SP após a implantação da UNICAMP e também quando o Governo de São Paulo entre ao anos de 1986 a 1890 adquiriu uma universidade particular da cidade de Bauru-SP , que hoje é a forte UNESP que gera muita renda ao município.
Hoje vivo em uma cidade que foi beneficiada pela implantação de um Centro Universitário, que e São Mateus-ES. É visível o quanto a cidade ganhou com este investimento, e ganhará ainda mais se tornar-se uma Universidade própria e se desvincular da UFES de Vitória - ES.
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