Macho e BissexualPublicado em 14/10/2016 A sociedade masculina brasileira carrega em si, na sua quase totalidade, um machismo histórico. Desde as piadas depreciativas sobre mulher, até a forma carrasco de dirigir equipes no mundo corporativo. Tanto que aumenta o número dos processos trabalhistas por assédio moral, na sua quase totalidade acionado por mulheres contra seus líderes no trabalho. Quando o assunto é homossexualidade ai o machismo vem com força. Piadas e encenações das mais bizarras para representar o desempenho de um homossexual, como se o homossexual masculino em si fosse afeminado, e o feminino fosse masculinizado. Coitado de um travesti que ouse passar perto de um grupo de homens reunidos em uma esquina, boteco ou espaço esportivo, é literalmente depreciado. Quando era pequeno, achava estranho no carnaval o momento que um bando de homens saiam vestidos de mulher. Lotava a rua de homens travestidos de mulheres. Só agora estou entendendo o motivo, principalmente depois de ouvir o argumento da bissexualidade do povo brasileiro pelo cineasta da ABIA (Associação interdisciplinar de AIDS), Wagner de ALMEIDA. Ele afirma que pela cultura de miscigenação, multicultural e multi-religiosa, vinculado ao clima tropical, temos a tendência da bissexualidade na nossa condução sexual. Daí o motivo pelo qual somos o país ocidental com maior índice de prática da homofobia. O sujeito ao ver um homossexual assumido, com seu parceiro em ambiente público, ou ver um travesti, logo faz emergir suas tendências internas da bissexualidade. Porém nega atacando-o, pois a melhor defesa é o ataque. Posso hoje identificar alguns comportamentos machistas que tendem a revelar uma tendência bissexual do homem, porém reprimida: * Quando o homem impõe à sua companheira o sexo anal e tende a pontuar prazer apenas nesta prática; * Quando na atividade sexual gosta muito da masturbação anal, exigindo que a companheira realize nele esta masturbação; * Quando paga para ter atividade sexual com um travesti, aliás, são os homens os grandes clientes de travestis, com o principal objetivo de serem penetrados por eles; * Nos botecos, quando os homens chegam contando suas vantagens sexuais da semana e depois de bêbados saem abraçados uns aos outros e declarando amor eterno para seus grandes amigos de botecos. Já vi homens se beijando em botecos, após algumas dúzias de cervejas tomadas. É incrível como são capazes de ficar mais tempo nos botecos do que com suas esposas; * Quando no estádio de futebol, a torcida organizada vai ao delírio e se abraçam mutuamente, se agarram, trocam suores; * Os jogadores diante do gol se abraçam, até se beijam e dizem “te amo”, um para o outro; * Quando adoram assistir filmes pornográficos, principalmente os de sexo coletivo, onde os homens fazem masturbação coletiva sobre uma mulher ou trocam casais um perto do outro. Nossa! São tantas as possibilidades de percepção da bissexualidade dos machos brasileiros, que é bom pararmos por aqui. Achei interessante uma provocação que um professor que pesquisa gênero na área da psicologia fez aos seus alunos para testar se os homens são homossexuais ou não: “É só deitar em uma cama nu com outro homem nu, se ficar com o pênis ereto é homo!”, a galera ficou muito ressabiada com este teste. Prefiro poupar o nome deste professor pois este comentário foi apenas uma brincadeira provocativa. A necessidade de homens terem atividade sexual com homossexuais é antiga. No interior deste Brasil afora, nas brincadeiras de crianças ou na fase que a ‘molecada’ entra na adolescência, é muito comum os garotos descobrirem o homossexual da rua ou do grupo para terem sexo com ele, para isso dão o nome “a mãe da rua”. Lembro de quando estudava no colégio agrícola, entre meus 15 a 17 anos, os rapazes iam ter relação sexual com um jovem que se declarara homossexual. Faziam até fila de espera para o ato sexual. Lembro que naquela época havia questionado com a galera de que quem transa com um homossexual também é um. |
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