ENEM e ensino superior no Brasil, uma quimeraPublicado em 07/11/2016 Neste momento de ENEM, onde milhões de brasileiros foram disputar uma batalha cansativa, com duas provas imensas e cheias de conteúdos diversificados, podemos imaginar que estamos evoluindo no processo educacional do brasileiro e que estamos conseguindo levar nossos jovens ao ensino superior. Mas esta não é a verdade dos índices revelados por diferentes institutos que medem a situação da educação no Brasil. Apenas 11% da população entre 25 a 64 anos possuem educação superior no Brasil, sendo que o índice mínimo recomendável é de 31%. Toda esta movimentação não está gerando retorno para a melhoria do nível educacional brasileiro. Galgamos os piores índices neste aspecto do nível superior. O pior é que 50% aproximadamente dos alunos que se matriculam no nível superior abandonam o curso. Segundo o IBGE 58,5% dos jovens entre 18 e 24 anos estavam estudando no nível superior em 2014. Mas ao depararmos com a quantidade de brasileiros que concluem o curso superior que chega a 11%, podemos dizer que na realidade dos números, as contas não fecham. Pois se assim fosse, teríamos em torno de 27% de pessoas com nível superior. Enfim, o que vale aqui é entendermos que mesmo com o ENEM e a ampliação dos cursos superiores entre instituições públicas e privadas que chega a quase 80% de crescimento comparado há 10 anos, estamos ainda galgando os últimos lugares educacionais dentre as nações do mundo. Se muitos alunos chegaram literalmente atrasados para a prova do ENEM neste final de semana de 5 e 6 de novembro de 2016, não é motivo de tanto desespero. O maior desespero está nos nossos ridículos números. Todos nós estamos atrasados. Ainda bem que muitos jovens começam a sair de suas casas para ocuparem escolas e protestarem, ajudando a população a ver o quanto o ensino no Brasil está sucateado. Renasce a esperança na voz destes jovens que estão no embate, fazendo pirraça. Mesmo os jornais das TVs comerciais tentando passar a ideia que estes estudantes são um bando de baderneiros. Baderneiros são nossos gestores públicos, que não conseguem enxergar um palmo à frente do próprio nariz. Sabem só enxergar o próprio bolso. |
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