Criar hábitos para fugir do pânicoPublicado em 07/02/2017 Com essa onda de violência que cresce a cada dia no Brasil e no mundo vamos observando o crescimento do número de pessoas adquirindo o transtorno do pânico e outros quadros de ansiedade. O transtorno do pânico é o estágio mais avançado da ansiedade principalmente da ansiedade decorrente do medo. Este mês ouvi uma médica cardiologista dizendo que em seu consultório tem crescido muito o número de pacientes crianças, as quais os pais procuram por avaliação cardiológica porque estão sentindo “dor no coração” ou “aperto no peito”, mas que no fundo é pura ansiedade, principalmente a ansiedade provocada por medo de algo. Ao assistir os telejornais vemos mais notícias de guerras, perseguições, rebeliões nas penitenciarias e violências em geral. Em 2017, no estado do Espírito Santo, aconteceu a greve dos policiais militares, em um determinado momento muitos familiares de presos fizeram bloqueio nos portões dos batalhões da polícia, espalhados pelo estado. Mas na maioria das horas do dia eles ( familiares) não estavam lá de plantão na frente dos batalhões e mesmo assim os policiais não saiam. Seria o medo de “apanhar” dos familiares? Ou é era um jogo político? Enquanto isso, o estado estava uma baderna. Em apenas dois dias/madrugadas, foram registrados mais de 60 homicídios, inúmeros assaltos à mão armada, arrastões e saques a lojas e estabelecimentos de comidas. O pior é que a população do Espírito Santo acabou sendo condenada a ficar em suas casas e se entrincheirar. Dos apartamentos e condomínios as pessoas filmando as barbáries acontecendo em tempo real e postando nas redes sociais. Resultado: ansiedade generalizada e pânico. Cultive bons hábitos! Para que possamos nos preservar sem ficarmos alienados do que está acontecendo é preciso tomar atitudes preventivas para a proteção da saúde emocional. Abrir imagens de crimes, cada vez que você aciona um vídeo de roubo, arrastões ou saques, está ajudando para a ansiedade criar asas. O cérebro com as imagens repetidamente sendo visualizadas com temáticas semelhantes, acaba por criar uma estimulação e necessidade para com este hábito. Por isso que muitos ficam obsessivamente vendo imagens de um mesmo tema. Porém a ansiedade vai projetando você para uma fantasia que tira sua mente da realidade e a tendência é cair ou dar força para as fantasias do medo gerando pânico. O medo ampliado é uma fantasia não controlada. Criamos o pânico. O medo para alto defesa é natural, mas nos impulsiona a agir, por isso é necessário cuidar para ter um controle sobre o que vê e quanto vê nas redes sociais. No caso das crianças o processo se agrava, pois ela já encontra-se absorta no mundo de fantasia, mas a fantasia que ela mesmo cria. Quando se autoriza a criança a ter livre acesso a toda notícia de TV, internet e manusear redes sociais, estamos pré dispondo-as a ansiedade generalizada, e o pior, estamos introduzindo no seu mundo a ideia que a realidade é muito cruel. Desta forma ela vai ter dificuldade se sair do seu mundo fantasioso e entrar na realidade, e com isso vai criando fobia social, fobia noturna, e tende ao isolamento e ansiedade, pois sua energia não é gasta com o fazer e absorver-se no mundo do medo. Por isso cuidem para que seus hábitos favoreçam sua estrutura emocional. Primeiro passo, é saber usar os meios de comunicação, para somar com o potencial cognitivo, com a capacidade de construir conhecimento. E com a cultura de paz, que nasce primeiramente dentro de nós para depois ser externada ao nosso redor. Deixar o pânico adentrar em nossa casa, é um golpe contra nosso próprio eu. |
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