EU CREIO NO MUNDO UNIDOPublicado em 02/08/2018 Este texto brotou em mim logo pela manhã desta segunda-feira, dia 30 de julho de 2018. Com a alma leve e a esperança reanimada pela construção da união entre os povos e nações. Sentimento decorrente da experiência vivenciada no final de semana, por ocasião da Mariápolis 2018 - Espírito Santo, que aconteceu no Projeto Santa Clara, casa de encontros da Arquidiocese de Vitória/ES, que fica em Ponta da fruta - Vila Velha/ES. Foram três dias intensos de convivência entre aproximadamente 250 pessoas, dentre crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Uma convivência focada na prática da unidade pelo amor, tendo como instrumento a palavra de vida a partir do Evangelho de Jesus Cristo. Nestes dias, pude ampliar meus horizontes de família e sentir-se pertencente a uma grande família, a família dos que desejam a vivência da unidade pelo amor mútuo. Mesmo sendo a palavra de vida a luz do Evangelho de Jesus Cristo o foco gerador das vivências de cada dia, neste encontro, estávamos reunidos com pessoas de diferentes denominações religiosas. Éramos Cristãos e não Cristãos, Católicos, Luteranos, Protestantes de outras denominações e de práticas religiosas espiritualistas. Só com esta diversidade de conduções religiosas, já podemos imaginar a magnitude deste encontro chamado Mariápolis. Outro fator muito interessante foi a diversidade da faixa etária, geralmente vemos encontros com faixas etárias muito bem delimitadas como: Encontro de crianças, jovens ou casais, etc. Nesta Mariápolis senti a amplitude da família porque estávamos em um grupo muito diversificado: bebês, crianças, adolescentes, jovens , adultos, idosos e também a presença viva de pessoas que já partiram para o paraíso (é que na Mariápolis vivemos uma cidade, e nesta cidade foram criadas ruas, avenidas e praças com nomes de pessoas que participaram por muitos anos do Movimento dos Focolares e eram presença marcante nas Mariápolis). Durante estes dias, vivemos momentos de aprofundamento espiritual a partir dos referenciais do Movimento dos Focolares no qual Deus nomeou Chiara Lubich para ser porta voz do Seu desejo para a humanidade, sendo que o princípio fundamentante e fundamental é a regra de ouro: “Fazer ao outro aquilo que gostaria que fosse feito a mim mesmo” e o inverso também pode ser interpretado da mesma forma “não fazer ao outro aquilo que não gostaria que fosse feito a mim” (Mateus 7,12). Diante de uma humanidade em franco processo de autodestruição, onde as diferenças e diversidades culturais, sociais, econômicas levam a exclusão de povos e nações e faz com que 85% da população mundial não tenha um lugar fixo para residir (nômades em busca de um lugar ao sol); dos sinais dos tempos que nos apontampara a extinção da espécie sapiens, como podemos prever no livro do antropólogo Yuval Noah Harari, “Sapiens” e também as previsões da destruição do planeta Terra por vários efeitos que já começamos a observar a cada dia, principalmente por pesquisas realizadas por grupos de pesquisadores no campo das ciências naturais. A esperança por um mundo unido na construção da civilização do amor se torna uma quimera, um devir quase que devaneio, ou mesmo uma utopia. Parece ser uma possibilidade não realizável, mas quando paramos para nos propor a viver a unidade, como aconteceu na Mariápolis, sentimos que o mundo unido não é uma utopia delirante, é uma utopia real, possível de ser atingida. Ao final da Mariápolis vivemos a missa celebrada pelo padre Estevão da Arquidiocese de Vitória/ES, e na sua homilia fez quase que uma síntese do sentido da Mariápolis para nossas vidas. Nos fez ver que Deus é providente, mas alertou-nos que a providência acontece quando estamos em comunidade. Onde falta a vida em comunidade, falta a providência. Muitas vezes reclamamos que não estamos recebendo a providência de Deus e quando este sentimento se apresenta em nos, é momento de pararmos para refletir, se estamos realmente vivendo em comunidade ou se estamos apenas voltados para nós mesmos. Desta forma, sabemos que Deus não nos abandonará na sua providência. Porém, esta atenção de Deus sobre nós só acontece mediante a vida em comunidade. Agora a vida segue aqui fora, e o legado desta Mariápolis para mim e com certeza para a maioria dos que ali se encontravam é de levar esta boa nova para nosso cotidiano. Fazer-se um com cada um que encontramos em cada canto deste mundo. Estar atento ao outro e ser solícito com amor. Ver nossos semelhantes como parceiros com potenciais na construção do mundo unido. Desde pequenos gestos, como um obrigado, um bom dia, um olhar de acolhimento com sorriso, até ações concretas de solidariedade. Viver sem ter um sentido na vida torna a vida sem graça, sem tempero. Vou seguindo nesta vida com este sentido maior de ser colaborador na construção do mundo unido. “Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um novo mar..." (Zé Vicente) |
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