Ricardo Boechat, um ateu muito próximo de DeusPublicado em 15/02/2019 Esta semana para mim, de fato, foi muito triste. A perda do jornalista Ricardo Boechat deixou-me muito introspectivo. Mesmo, não o conhecendo pessoalmente, tenho uma estima pelo seu trabalho. Não somente pelo trabalho, mas também pela postura profissional e humana. Era um âncora do telejornalismo da rede Bandeirantes que atuava na espontaneidade de sua personalidade e caráter. Não era teatrólogo como outros desta mídia comercial são. Mas o que mais me impressionou foi ouvir o depoimento da Veruska, esposa de Boechat, no dia do velório do esposo. Disse que ele se declarava ateu, mas via que ele era um Cristão de vivência, pois conjugava o verbo amar com destreza na sua vida prática. Veruska dizia que ele ficava irritado de ver práticas desumanas e sem ética de pessoas que se intitulavam cristãs, vendo nestas contradições a hipocrisia estampada na prática religiosa. Para Veruska, Ricardo sempre foi um homem muito humanitário e de coração grande, sempre se prontificando em ajudar as pessoas. Diante das colocações da esposa de Ricardo Bechat, também fiquei surpreso, pois sempre imaginei que pelas posturas dele deveria ter alguma prática espiritual. Mas sendo ateu, mostrava nas suas ações que para ser bom, ético e humanitário, não precisa ter religião. Esta postura é desenvolvimento educacional. E confirmei esta relação do caráter de Ricardo Boechat quando ouvi o discurso de sua mãe nos momentos finais do velório onde ela se posicionou com muita lucidez, reafirmando posturas de integridade cidadã para com nossa nação, dizendo do orgulho dela em ter um filho que sempre se posicionou para a construção de uma sociedade justa e solidária. Na mãe de Boechat, temos a certeza que seu caráter e postura profissional de idoneidade eram por estrutura educacional de base. Mais do que religião e crenças, a educação de base nos ensinamentos e exemplos de pai e mãe é o que de fato pode sustentar posturas idôneas e exercício profissional ético. Perdemos um grande brasileiro, mas podemos ter na sua história uma grande lição de vida. Obrigado Ricardo Boechat pela sua experiência de vida! |
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