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Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional

Publicado em 02/07/2024

A Síndrome de Burnout (ou Síndrome do Esgotamento Profissional) é um distúrbio emocional causado por diversos fatores que se comunicam entre si, tais quais: Exaustão extrema, estresse, esgotamento físico, excesso de trabalho e tarefas difíceis que a pessoa não se capaz de realizar mesmo sendo exigida para tal. No Brasil, cerca de 30% dos trabalhadores na ativa já estão com sintomas desta síndrome, segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho.


Burnout significa o trabalho externo que faz sofrer (Burn – queima e Out exterior). A concepção do trabalho na cultura ocidental entra como uma pressão social, uma obrigatoriedade. Diante desta perspectiva e da evolução tecnológica associada à tendência do ser humano em buscar o mínimo esforço, trabalhar com metas rígidas e contínuas, de fato, tende a desenvolver patologias como esta síndrome.


Sintomas


Os principais sintomas da Síndrome de Burnout, são:


Físicos – Cansaço excessivo físico; dor de cabeça frequente; alteração de apetite; insônia; dificuldade de concentração; pressão alta; dores musculares; problemas gastrointestinais; alteração de batimento cardíaco.


Emocionais – Sentimento de fracasso e insegurança; negativismo constante; sentimento de derrota e desesperança; sentimento de incompetência; alteração repentina de humor; isolamento.


Tratamento


Para caracterizar Burnout, é necessário que os sintomas físicos estejam diretamente associados aos emocionais. E aqui surge uma dúvida central: Há tratamento?


Quando há sintomas de ansiedade e/ou depressão com recorrência e que impedem o indivíduo de agir, haverá necessidade de apoio medicamentoso psiquiátrico, sim. Mas, como já sabemos que remédio não pensa e tratamentos só na base medicamentosa não evoluem, é necessária a psicoterapia com profissional Psicóloga(o), pelo menos, uma vez por semana até a pessoa se restabelecer. Quando a síndrome está no início, o processo pode ser mais rápido até chegar na alta. Mas, se estiver em nível avançado, passa a ser uma síndrome com muita dificuldade de tratamento, visto que a pessoa já incorporou hábitos ao longo da sua vida profissional que, de fato, levam muito tempo para serem refeitos.


Quando o profissional tiver que entrar em licença, poderá, sim, desenvolver atividades de lazer sem problemas, pois estas são necessárias ao tratamento. Infelizmente, muita gente, e até empresários, ficam com a mentalidade de que se uma pessoa estiver de licença de saúde do trabalho, ela tem que ficar confinada dentro de casa.


Prevenção!


E eis que vem outra dúvida igualmente importante: É possível prevenir?


Toda e qualquer doença de caráter emocional é passível de prevenção. Porém, vivemos em uma Sociedade onde o adoecer é o aprendizado. Desde a infância, tiramos grandes vantagens em adoecer, pois crianças doentes não vão à escola, melhoram suas alimentações e até recebem mais atenção dos pais e familiares. Nossa cultura valoriza o adoecimento. No entanto, a prevenção é um santo processo para viver a vida dentro de uma perspectiva saudável, com olhar positivo e inclusive, não gastar tanto dinheiro com cuidados médicos.


Sendo assim, podemos prevenir o Burnout das seguintes formas:

1) Definir objetivos profissionais a curto/médio/longo prazo;

2) Manter atividades periódicas de lazer;

3) Desenvolver atividades fora da rotina;

4) Afastar-se de pessoas negativistas, no trabalho e fora dele;

5) Conversar com pessoas, ter amigos, socializar-se;

6) Desenvolver programa de atividade física com frequência;

7) Ter melhor controle sobre bebida alcoólica e tabaco;

8) Dormir, pelo menos, 8 horas por noite, desenvolvendo a higiene do sono.


Sem dúvida, há um movimento mundial pela diminuição da jornada de trabalho em função do avanço assustador de profissionais em sofrimento com esta síndrome. Porém, pensar na diminuição da jornada de trabalho requer também pensar em sistemas públicos que garantam lazer e o desenvolvimento do ócio criativo, que preconiza a capacidade de se estar sem trabalhar e ocupar o tempo com inteligência.


Também cabe às empresas, desde pequenas até as grandes, cuidar para que o ambiente de trabalho tenha seu esquema interessante, permitindo que os profissionais se sintam bem no ambiente tanto física como emocionalmente. Ainda neste quesito, vale pontuar que, no Brasil, tudo que diz respeito ao gasto de recursos com pessoas é enxergado como despesa, e não investimento. Porém, a despesa real é ver um trabalhador qualificado e que agrega valor à empresa ter que se afastar por uma síndrome que pode, sim, ter procedimentos de gestão para prevenção ao adoecer.



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