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Como Identificar o Lobo Disfarçado de Cordeiro na Prática Religiosa

Publicado em 30/07/2024

A Religião é um fenômeno humano que permeia grande parte da população mundial, nas suas mais diversas formas e práticas. Pouco mais de 2% se declaram ateus, e 11% que não praticam religião. No Brasil, o índice de ateus declarados chega a 1%. Das religiões praticadas no planeta, em torno de 30% creem na ressurreição e/ou vida eterna, e as demais, são de base espiritualistas que creem em reencarnação. Segundo o IBGE, quase 87% da população no Brasil se denomina cristã, sendo 64,5% Católicos e 22,2% evangélicos - levando-se em conta que, no meio evangélico, há muitas fragmentações doutrinais e de tendências.

As principais religiões do planeta seguem um fio condutor comum, a “regra de ouro” que prega a prática do Amor ao próximo, como ocorre no Cristianismo, Islamismo, Judaísmo, Hinduísmo e Budismo. Porém, nos planos sociopolítico e socioeconômico, observa-se que alguns grupos específicos de cada uma destas religiões acabam usufruindo do fanatismo para, em nome da religião, manipularem massas por interesses políticos e econômicos. Geralmente, são grupos que tendem a pautas de costumes ultraconservadores. Assim, pelo desconhecimento sobre os fundamentos das religiões, criam uma série de preconceitos, especialmente em torno das religiões que não estão diretamente ligadas ao eixo dos países colonizadores ocidentais.


Em países com baixo índice educacional e processos de extrema pobreza associados a histórias de exploração colonialista, o caminho para emergir “lobos disfarçados de cordeiros” aumenta vertiginosamente. E, nas religiões totalitárias, que representam quase que a estirpe de uma nação, os lobos proliferam. Desta maneira, a religião se torna alvo de usurpadores da boa vontade alheia.


E eis que surge a pergunta: Como podemos identificar estes lobos?


1) Aqueles que enriquecem rapidamente, mesmo tendo a liderança religiosa como base de trabalho, cuja missão é expandir o alcance da religião. Fator que está diametralmente oposto às propostas dos fundadores das principais religiões do mundo, nas quais a prática pregada é do desapego, do serviço e da humildade;


2) Aqueles que tendem a ser autoritários e dominadores, contradizendo os ensinamentos da busca por unidade e fraternidade, escuta e participação.


3) Aqueles que atuam como arma de cativar pelo emocional e pela culpabilização, sempre explorando um erro do fiel a ser pago em alguma penitência.


4) Aqueles que criam regras rígidas para as vidas dos outros, mas contradizem o que pregam em suas práticas pessoais diante do que exigem de seus fiéis.


5) Aqueles que se aproximam de agentes e instâncias políticas para conquistarem poderes e direitos voltados aos interesses específicos de suas corporações. Este fator é muito notório para conquistas de direitos de liberação de meios de comunicação e favorecimentos de isenção de tributos.


6) Aqueles que pregam a prosperidade que o fiel conquistará e se posicionam como promotores de milagres, até com promessas de cura. Aqui, o foco em arrecadar dinheiro dos fiéis é intenso.


Estes listados são apenas alguns indícios, dentre inúmeros outros. Trago esta demanda, neste momento, por ser a prática religiosa um dos elementos que mais interferem na estrutura emocional de uma pessoa, sendo campo fértil para emergir os que tiram proveito desta dinâmica complexa.


Ficar atento a estes pontos pode colaborar para a perceber se o espaço em que se a vivência da prática religiosa está sendo influenciada por um lobo disfarçado de cordeiro. Como diz o ditado popular, “O Diabo também veste batina” (ou um terno pastoral).


A prática religiosa vivenciada por escolha livre e consciente, a partir do conhecimento da doutrina seguida e da história da religião da qual se participa, é o melhor caminho para se defender de lobos. Pois, se houver consciência de escolha e conhecimento sobre esta, torna-se mais fácil identificar os charlatões.


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