O Prazer Sexual, entre a fantasia e a realidadePublicado em 29/09/2015 A fórmula mágica da alegria na vida conjugal ou em outras formas de estabelecimento de parceria sexual encontra-se em baixa. As disfunções sexuais são cada vez mais objeto de queixas nas múltiplas clínicas e especialidades médicas ou psicológicas. Os índices das disfunções sexuais apontam a constatação da queda do prazer sexual. Para a pesquisadora Carmita Helena Najjar Abdo, autora do livro "Descobrimento Sexual do Brasil" (editora Summus, 2004 – 1° ed.), a média de relações sexuais por semana constatada entre mulheres de até 25 anos é de 2,5 e nos homens na mesma faixa etária é de 3,6. Porém as mulheres até 25 anos desejariam ter em média 5,4 relações sexuais por semana e os homens 8,4. Para a faixa etária de 26 a 40 anos entre a média de relação sexual semanal realizada e desejada há uma diferença em quase 50% do real para a fantasia. As relações realizadas estão sempre na quantidade inferior às desejadas, e mantém-se nesta constância também entre 41 a 61 anos. Após os 61 anos para as mulheres não chega á uma por semana (0,9) sendo a desejada 2,5 e nos homens são realizadas 1,8 semanal para um desejo de 3,5. Ao analisarmos estes dados coletados em todo o Brasil de forma longitudinal, caímos na questão: será que o desejável é resultado de uma produção subjetiva midiática e o realizável é de fato o desempenho normal esperado para a fisiologia humana? Ou será mesmo que o prazer sexual está em queda na comparação dos índices desejados com os realizados? Se formos resultados de publicidade, prevalece à frustração entre aquilo que se deseja (o esperado) com aquilo que realmente acontece, pairando a sensação de que algo está errado, gerando nos parceiros aquela sensação de que há algo fora de lugar. Se o desempenho sexual que as pesquisas mostram for o normal conforme aquilo que é realmente praticado, estamos sendo invadidos por mensagens subliminares que coloca-nos com fantasia inatingível à realidade, levando-nos constantemente a não valorizar de fato aquilo que é vivenciado. Neste dilema do que somos ou do que fazem de nós ou nos sujeitamos que façam, não tenho dúvidas que o resultado são as disfunções, que conforme dados do início deste artigo chegam a atingir 70% dos homens e mulheres. A fórmula da felicidade, que durante anos parecia estar próxima da percepção no ato sexual e no prazer que dele emana, com certeza terá que achar outro lugar ou olhar. Pois a felicidade no prazer sexual parece ter virado uma “lua de fel”. |
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