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Unimultiplicidade

Publicado em 14/10/2015

Este é o conceito utilizado pelo compositor Tom Zé  para definir o caminho do indivíduo junto à casa da humanidade. Nesta composição, o autor aponta o indivíduo como forma e conceito e que só pode se realizar na aproximação com o outro, na engrenagem da humanidade. Unimultiplicidade nos convida a somarmos capacidades e talentos na convergência da multiplicidade, ou quem sabe das “múltiplas competências” (este conceito trabalho para a formação de lideranças em diferentes campos de existência profissional).

Porém, dependendo do foco e utilidade dos conceitos, eles são adaptados  conforme as conveniências de quem os usam. No caso das “múltiplas competências”, há um desejo enorme de se formar lideres dotados de todas as competências possíveis, principalmente em contextos empresariais que retroalimentem a necessidade nos seus colaboradores de serem deuses, e isto em um esquema bem engenhado pelos treinamentos motivacionais. Para ser um líder ideal, a pessoa deverá ter múltiplas competências e quase que não precisará de uma equipe, ou quem sabe, terá total domínio sobre sua equipe. 

Também com o conceito de unimultiplicidade, religiões tendem a pregar a uniformidade, estereotipando comportamentos conforme suas doutrinas. Quem não estiver unido no pensamento comum, estará fora. Há grupos ou movimentos religiosos que só ouvem quem é de dentro. Experiência deste tipo é percebido em seitas que induzem os seus fiéis a ouvirem um único estilo de músicas levando as pessoas a acreditarem que as outras músicas são diabólicas. Outras induzem a unidade pela forma de vestir. Também há aquelas que padronizam comportamentos sexuais, etc. 

Tenho trabalhado o enfoque das “múltiplas competências” resgatando os potenciais das pessoas nos seus espaços coletivos ou em trabalho de equipe. Levantamos o perfil psicológico e as competências dos membros de uma equipe e incentivamos as pessoas as usarem-nas pela integração, onde a competência que falta em um, seja potencializada pelo outro que a tenha. Desta forma tenho visto muitas equipes que apresentavam alto índice de disputas interna dissolverem tal problema pela perspectiva da integração das competências.  Assim, um fortalece o outro e o resultado é a percepção das competências compartilhadas. 

Já no sentimento da unimultiplicidade, onde nos percebemos únicos, mas que só tomamos sentido no encontro com a humanidade, isto é no coletivo, a experiência de trabalhos ecumênicos ou a capacidade para o sincretismo religioso, permitindo a adaptação das culturas na religião sem que uma destrua a outra ,é um bom indicativo de vivência da unimultiplicidade sem que tenhamos a necessidade de uniformidade. 

O sentimento de pertencer-se à humanidade é o que move o ser humano na construção da civilização do amor. Que este desejo leve-nos a sentar ao lado de católicos, protestantes, mulçumanos, e todo e qualquer pessoa sem distinção de gênero (homem/ mulher/ homossexual), raça ou crença. 

Façamos do globo terrestre  um templo do encontro dos seres humanos: – a casa da humanidade -. 
 



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