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Tempo, entre o real e o emocional

Publicado em 07/11/2015


Não tenho tempo, por isto não consigo praticar esporte. Não tenho tempo, por isto não leio  um bom livro. Não tenho tempo, desta forma não consigo colaborar com trabalhos  voluntários.

Imagine que você está super atarefado no trabalho, e quase estressado reclama constantemente que gostaria de ter mais tempo para o lazer aos finais de semana, mas pelo acúmulo de atividades profissionais, acaba levando trabalho para casa, e quando sobra um tempinho, prefere dormir para descansar. Em pleno pico de trabalho, recebe um telefonema com o comunicado que sua mãe está na UTI do hospital por uma parada cardíaca. Com certeza, você para tudo, e corre até o hospital para ver o que está acontecendo. Nesta situação, o que vai prevalecer é o fator emocional, e todo seu tempo será dedicado para contribuir na melhora de sua mãe. Aqui neste exemplo, o tempo é fator emocional.

Porém, não ter tempo para fazer uma alimentação tranquila, ou cuidar da saúde corporal através de uma atividade física, também é uma questão emocional, de quem não se valoriza , podendo até estar se autodestruindo . 

Real ou emocional? 

Lidar com o tempo cotidiano na vida humana é uma questão mais emocional do que real. Minutos e horas passam, isto é real; o dia  passa, como os anos. Para alguns, o dia parece uma eternidade; já para outros, passa como um voo. Para alguns, sessenta anos é sinônimo de velhice, cansaço. Para outros é sinônimo de maturidade, onde a vida parece estar só começando. Assim, o tempo é real na idade, e emocional na forma de se relacionar com ela.

As pessoas me perguntam o porquê uma sessão analítica dura cinquenta minutos. Freud tinha sua razão, ao estipular o tempo analítico, pois em cinquenta minutos o paciente vai depositar na análise seus fatores emocionais,  lidando com os limites do tempo, “agora acabou seu tempo...”, como vai dizer seu analista.

Livro "Sementes da vitória" e sua relação com o tempo

Nuno Cobra em seu célebre livro "Sementes da vitória"  indica-nos um método para prática esportista, focado no tempo real com efeito na dinâmica emocional. Propõe trinta minutos no relógio, para atividades de corrida ou caminhada ao público não profissional em esportes. Desta forma, o sujeito não poderá dizer que não terá tempo para praticar esportes. Esta indicação revolucionou minha vida esportista, e após meses que venho praticando, já consigo correr 10 KM em cinquenta minutos, sem dor ou fadiga. O mesmo autor também indica que para uma mente saudável, o adulto deve cultivar oito horas de sono noturno por dia, pois este é o tempo real que o organismo precisa para desenvolver o processo de limpeza diária das “porcarias” produzidas internamente. Com este tempo de sono, real, a mente estará se organizando para lidar com o tempo emocional através dos sonhos noturnos, que dentro de um ciclo de oito horas, proporcionará ao indivíduo a possibilidade de estabelecer ligação com até quatro episódios oníricos. Nos sonhos, a certeza que o tempo é emocional, está na sensação do tempo que durou um sonho.Aquele sonho que parece ter sido o mais demorado, com certeza é aquele sonhado logo no início da noite, e aquele sonho que nos desperta assustados ou alegres, que passa como um relâmpago, é o último sonho registrado da noite.

Que o tempo real é importante, não tenho dúvidas, mas o que move nosso manuseio do tempo real a cada dia são os fatores emocionais, com certeza. Por isto, ao dizer que está sem tempo para isto ou para aquilo, é um sintoma de complicador emocional de quem não sabe fazer a escolha de seu tempo. Se você está sem tempo, cuidado, pois o tempo vai  engolir você.


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