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Células tronco, Ciência e Religião

Publicado em 04/04/2016

Está no ar o dilema entre ciência e religião. O foco desta vez é a pesquisa sobre células tronco embrionário humanas. Parece que o tema é destaque de audiência, pois todos os canais televisivos estão falando sobre e as emissoras comerciais insistem em trazer à tona o confronto entre ciência e religião.
Lembro-me de um debate televisivo onde a emissora colocou na “berlinda” uma pesquisadora da USP  versus  um bispo da Igreja Católica. Os jornalistas, nada imparciais, numa postura de não debatedores, mas sim de julgadores da posição da Igreja Católica, criavam perguntas maliciosas ao bispo e para a pesquisadora, levantavam questões de pesquisa com um caráter mais idôneo. Os debates que já pude observar nas emissoras comerciais, todos tendem a condenar a Igreja e exaltar a ciência.
Em relação à Igreja, ficam remoendo passado, vendem a idéia que a Igreja é arcaica e remontam a época da inquisição. Colocações do tipo: “Os senhores colocarão os cientistas no tribunal inquisitório, condenando-os ao inferno se estiverem pesquisando em embriões?” Já para os cientistas, exaltam-nos como se tudo que pesquisam trás benefícios à humanidade e surgem as colocações: “Como vocês suportam esta condenação religiosa diante de pesquisas que podem salvar vidas?”.
Segundo os telejornais, aproximadamente 95% da população brasileira é a favor das pesquisas com embriões humanos, daí a malícia: “Como a Igreja está contra seu rebanho?”. Mas esta amostragem é tendenciosa e manipulada para se fazer opinião pública, pois sabemos que nem 10% da população sabem ao certo  o que é célula tronco. Eu não me arriscaria orientá-los neste artigo. Imaginem, perguntei para três profissionais de saúde, e cada um falou uma coisa, e todos se “embananaram”. Que pesquisas são estas se 30% da população é analfabeta, e 40% é semi-analfabeta?
O jornalismo sem ética e moral, aproveita-se das angústias alheias para fomentar neuroses e provocar o consumismo. O ciclo da comercialização passa pela publicidade. Esta precisa fazer cabeças consumistas, criar neuroses ajuda, pois o neurótico consome mais. Uma das formas de se produzir a neurose para o consumismo, é destituir os cidadãos de valores e princípios morais e éticos, e a Igreja Católica é uma das poucas instituições no Brasil que está com imagem positiva de idoneidade, por isto  a insistência por desqualificar as posições da Igreja. Tanto, que os representantes da Igreja nos debates precisam ser muito bem informados e terem convicções da escolha religiosa, pois diante de qualquer vacilo, é uma “metralhadora” de ataques.
Em terra de cego, quem têm um olho é rei. Em um país onde quase 70%  da população possui índice muito baixo de conhecimento acadêmico, as universidades que possuem estruturas de pesquisa, criam poderes quase que divinos. O sistema político brasileiro não possui mecanismos para monitorar e controlar as pesquisas, principalmente aquelas que se esbarram em direitos constitucionais. O direito à vida é constitucional, e cientificamente está provado que um embrião é um ser vivo (indivíduo). Em um dos debates, o jornalista em desespero de causa apelou legal: “Quer dizer que a ejaculação pela masturbação é um crime, porque está se matando uma vida?”. Ainda bem que o representante da Igreja, um sábio senhor, e além de tudo cientista também, responde com tranqüilidade que os espermatozóides são células vivas que possuem seu valor dentro de um organismo. “Um embrião é o encontro de duas células, espermatozóide e óvulo, resultando em um novo ser que se desenvolverá como um organismo, carregando em si um código genético, uma herança genética”.
Intervir sobre embriões humanos parece não sensibilizar tanto, mas zelar por embriões de tartarugas marinhas é uma questão de honra. Ainda bem que as tartarugas estão ganhando seus adeptos. Graças ao projeto Tamar as tartarugas estão sobrevivendo. Mas os milhares de embriões humanos que estão congelados pelos processos de fertilização humana, estão a espera de que? Eliminá-los é crime. Não é por acaso que este tema tem mobilizado tanto a mídia comercial. Liberando as pesquisas com embriões humanos, abre-se o caminho para a legalização do aborto.
Poxa! Mas uma mulher tem o direito de decidir sobre seu corpo e vida. Realmente, mas quando ela pratica o aborto, está decidindo por um ser que não pode se defender, o feto. Ela decide sobre o corpo do outro, e não o dela.
A ciência erra muito, lembram da bomba atômica? Erra mais ainda quando quer transformar vidas humanas em cobaias de laboratórios. O ser humano não é rato.
No fervor do debate, o argumento mais apelativo é que a Igreja está impedindo o avanço de curas para doenças da humanidade. A população, movida pela emoção, apóia e vai aos poucos  autorizando a eliminação de seres humanos. A ciência está buscando caminhos especulativos sobre algo que não se têm garantias de resultados. A mídia está omitindo da população que pesquisas com células tronco podem ser desenvolvidas em células adultas. Por que insistir nos embriões humanos?
É sempre bom lembrar, que a Igreja Católica é profética (anuncia e denuncia). Neste tema, é hora de denunciar, e faz com respaldo de cientistas. Não está falando ao vento,  a diferença é que têm se respaldado em opiniões de cientistas com postura ética e moral clara. Há ciências e cientistas. Alguns já foram aliciados pelo poder econômico dos laboratórios. Outros preferiram a aridez do isolamento financeiro e até de projeção acadêmica, por defenderem a vida acima das especulações. Sendo assim, “Escolhe, pois, a VIDA!”.


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