A Psicologia no Brasil comemora 60 anos e é com grata surpresa que recebo o cartaz em banner de um evento que será realizado no mês de agosto por ser o mês da Psicologia no Brasil, exatamente por ter sido em agosto que a lei de regulamentação da Psicologia como profissão foi sancionada. 

Mais grata por que um dos protagonistas deste evento é meu filho Samuel Iauany, Psicólogo que atualmente atua na cidade de Ribeirão Preto-SP, graduado e recém doutorado em Psicologia pela Unesp de Assis-SP. 

A envergadura deste evento está nas instituições que estão respaldando: Unesp, UFES e CRP-16 (Conselho Regional de Psicologia- ES), nestas duas últimas com a intervenção da prof. dra. do departamento de Psicologia da UFES, Ana Paula Caiado Sthel, que também é grande parceira em projetos sociais voluntários que estou desenvolvendo em Vitória-ES.

Outro ponto interessante e que me deixa contente é que o CRP-16 comemora 18 anos de existência e coincidentemente fui conselheiro da gestão pré CRP-16, quando os profissionais do estado do Espírito Santo ainda eram regidos por Minas Gerais. Permaneci como conselheiro nas duas primeiras plenárias do então criado CRP-16, perfazendo assim um período de colaboração direta na consolidação da profissão no Espírito Santo por oito anos consecutivos. 

Ver o emergir deste evento e tendo o próprio filho Psicólogo protagonista nesta jornada que rememora e ao mesmo tempo projeta a Psicologia, é sem dúvida uma grande satisfação. 

"A Psicologia brasileira completará 60 anos de reconhecimento enquanto ciência e profissão em 2022, marco importante para reflexões sobre suas atuações e formações. Acreditamos que o trabalho da Psicologia deve ser definido em função das circunstâncias concretas da população que atende, colocando seu conhecimento e sua práxis a disposição e em busca de horizontes éticos-políticos que reconheça e valorize o caráter multicultural de nosso país.

Diante disso, a comissão organizadora desse encontro acredita que esse marco histórico é fundamental para pensarmos criticamente sobre o caráter das atividades que estão sendo realizadas e, portanto, a respeito do papel que a Psicologia vem desempenhando em nossa sociedade, bem como quais as implicações históricas e concretas que suas atividades produziram, produzem e/ou podem vir a produzir.

A comissão organizadora se coloca diante a necessidade de refletir e reafirmar uma Psicologia em defesa dos direitos humanos, da justiça social, da educação e da saúde pública e gratuita, da cidadania e da democracia brasileira. A necessidade de pensarmos se nossas formações e atuações estão de fato comprometidas

socialmente com nossa história e em busca de alternativas simbólicas e concretas para (re)construção de uma Psicologia que contemple as especificidades das populações a que se propõe acolher.

Assim, esse evento, pretende tratar sobre o papel social da Psicologia dentro de nossos cenários institucionais, de uma Psicologia pautada desde nossa realidade concreta e da práxis psi em conjunto com nossa formação politica e social. "

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